Treinar só no final de semana é pior do que ficar parado

Seu corpo não esta preparado para o esforço, aumentando o risco de lesões

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Publicado em 02/02/2012

A regularidade dos exercícios físicos é essencial para alcançar resultados, ou seja, não basta ter um treino perfeito e praticá-lo apenas de vez em quando. "Fazer caminhadas, alongamentos e atividades leves, nos finais de semana, para alcançar o bem-estar, tudo bem", afirma a personal trainer do Dieta e Saúde, Valéria Alvim. "Mas fazer exercícios de alta intensidade e sobrecarga apenas duas vezes por semana aumenta o risco de lesões, além de não melhorar o seu condicionamento físico".

Segundo a especialista, a prática esporádica de esportes pode ser tão prejudicial à saúde quanto a vida sedentária. "Os atletas de fim de semana não têm os músculos preparados para uma exigência mais intensa e, comumente, acabam no pronto-socorro ou no consultório de um ortopedista", afirma Valéria.

O organismo precisa da regularidade para obter os ganhos que os exercícios oferecem. Se você não pode caminhar, pelo menos, quatro vezes por semana, não adianta querer tirar o atraso no sábado e no domingo. Dependendo do caso, a sobrecarga pode ser muito grande e acabar ocasionando alguma lesão.

Mas não confunda: na medida certa, a atividade física reduz o risco de morte por doenças cardíacas, hipertensão e diabetes. Ainda ajuda no controle de peso e promove o bem-estar. Em contrapartida, o excesso de atividade física pode provocar problemas hormonais e trazer lesões tão ou mais graves quanto as que castigam os atletas esporádicos.



A dose ideal de atividade física é individual e delimitada pelo prazer e pela dor. Devem ser levados em conta a idade, motivação, aptidão e o biótipo. Sempre com base na sua avaliação física. Recomenda-se fazer exercícios, pelo menos, quatro vezes por semana, incluindo no programa os exercícios aeróbios, os exercícios com peso, os alongamentos e a ioga, que não é só atividade física, mas principalmente reforma íntima e mudança de atitudes e hábitos.

Entre as lesões mais comuns estão:

 

- Luxação: é a separação ou deslocamento das partes ósseas numa superfície articular ou perda completa da superfície de contato entre os ossos de uma articulação. O ombro é o campeão das luxações.

 

- Tendinite: resposta inflamatória a um micro-trauma de um tendão. Esse mal é mais comum em atletas que fazem esforço físico repetitivo, como os tenistas, que apresentam inflamação do tendão do antebraço. Mas os atletas esporádicos também apresentam tendinites.

 

- Contusão: é uma escoriação, geralmente decorre de pancadas e batidas. Quanto menos resistentes forem os músculos, maior é a contusão.

 

- Entorse: lesão articular que ocorre quando o movimento numa articulação excede a amplitude normal do movimento, ocorrendo um deslocamento súbito da articulação. O mais comum é a entorse no tornozelo e no joelho.

 

- Distensão muscular: nome comum para uma ruptura de fibras musculares ou do tecido fibroso do músculo, geralmente causado por um esforço muito grande ou por estresse muscular. Também chamado de estiramento muscular.

 

- Ruptura de tendão ou ligamento: o joelho é o campeão deste tipo de lesão. Músculos fortes protegem mais os ossos, ligamentos e tendões.

 

- Fratura: os ossos de pessoas sadias tornam-se mais densos e fortes quando submetidos à pressão constante, por isso, pessoas que fazem exercícios com regularidade têm menos probabilidade de fraturas. Tanto os atletas de fim de semana quanto os atletas profissionais podem apresentar fraturas por estresse.

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